quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Acropele de Atenas


A Acrópole de Atenas, o chamado “rochedo sagrado”, é o mais importante sítio arqueológico da Grécia e está situado no topo de uma colina, no centro da moderna cidade de Atenas. A Acrópole de Atenas possui três templos de mármore, o Parténon, o Erecteu e o Templo de Niki. Também possui um pórtico monumental chamado Propileu. Todos os monumentos na Acrópole de Atenas foram construídos durante a época áurea de Péricles, conhecida como o Período Clássico (450-330 a C).O Parténon consagrava culto à Deusa Atena, protectora da Cidade-Estado de Atenas. Foi construído pelos arquitectos Iktinos e Kallikrates, sob a supervisão do escultor ateniense Fídias. Também existiam duas estátuas colossais da Deusa Atena, esculpidas por Fídias. Uma destas estátuas encontrava-se no interior do Templo do Parténon. Era esculpida em ouro e marfim e tinha uma altura de 9 metros. A outra estátua colossal, esculpida em bronze, encontrava-se no exterior. Mesmo em frente do Parténon, encontra-se o Erecteu. É o templo cujas seis colunas estão esculpidas em forma de jovens raparigas, conhecidas por Cariátides. Arquitectos, construtores, caldeireiros, pedreiros, pintores, ferreiros, carpinteiros, moldadores, fundidores, tintureiros, joalheiros, trabalhadores do marfim, artesãos, bordadores, torneiros, artistas plásticos e muitos outros trabalhadores, labutaram ao longo de oito anos para construírem estes maravilhosos e únicos monumentos, dedicados aos deuses. Como disse Péricles, ‘foram construídos pelo povo para o povo’.
Quase todos os monumentos da Acrópole de Atenas sobreviveram cerca de 20 séculos, 2000 anos. Sobreviveram a incêndios, sismos, invasões, guerras e conquistas. Infelizmente, contudo, não conseguiram escapar ao roubo e ao vandalismo de Lorde Elgin. Elgin, o então Embaixador britânico em Constantinopla, tinha prevista a remoção de esculturas inteiras dos monumentos e o seu transporte para o seu país. Na categoria de Embaixador Britânico, obteve um documento oficial do Sultão Otomano, autorizando a remoção de algumas peças de arte da Acrópole. É quase inacreditável que ele tivesse em sua posse um documento que lhe permitisse fazer o que fez em seguida. O que é que ele fez exactamente? Elgin saqueou a maioria das decorações esculpidas nos monumentos, retirou colunas, removeu centenas de objectos, transferindo-os para Inglaterra e, em seguida, vendeu-os ao Museu Britânico, onde ainda estão expostos.
Em 1801, Elgin, após ter recebido o documento do Sultão, contratou trezentos e cinquenta homens que trabalharam para ele, diariamente, sem cessar. O que é que fizeram todos estes homens exactamente? Retiraram estátuas do lugar onde tinham estado séculos e séculos e colocaram-nas em caixas de madeira. As que eram demasiado grandes foram mutiladas: cortaram cabeças, pernas e braços e tudo aquilo que fosse demasiado grande para caber nas caixas de transporte. Reduziram colunas a pedaços de pedras e levaram-nas, retiraram partes inteiras de templos e sacaram muitos mais objectos. Elgin confiscou um total de 253 estátuas completas, partes de monumentos, secções de colunas, relevos de mármore, vasos e muitos outros objectos valiosos. As caixas de madeira foram colocadas no seu barco, que navegou rumo à Grã-Bretanha, em Dezembro de 1801. Pouco depois de ter levantado âncora, o navio naufragou e todas as caixas de transporte foram para o fundo do mar. Mas Elgin era um homem decidido e sabia o que tinha a fazer. Portanto, fez o mesmo uma segunda vez. Desta vez, entre outros tesouros, até retirou umas das colunas do Erecteu, uma coluna que parecia uma jovem rapariga – uma das Cariátides. Desta vez, encheu de monumentos antigos 200 caixas de madeira para transporte. Elgin tinha total cobertura apoio do seu governo visto que ele e a sua “bagagem” viajaram para a Grã-Bretanha a bordo de um navio de guerra britânico. Voltou à Grécia em 1806 e conseguiu retirar as pesadas caixas do fundo do mar. Levou-as todas para a Grã-Bretanha. Regressou à Grécia uma terceira vez em 1810, desta vez conseguindo tirar outras 253 peças e numerosos vasos. Os seus homens continuaram a trabalhar para ele e em 1812, confiscou as últimas 80 caixas. Ao longo de quase dez anos este homem mutilou, destruiu e roubou peças de arte. Objectos monumentais de um extraordinário valor cultural, muitos dos quais, partes integrantes de monumentos vivos. A Grécia está a desenvolver esforços para que os tesouros do Parténon sejam devolvidos à sua origem. A UNESCO e outras organizações internacionais descreveram exaustivamente todos os objectos tirados e esta lista faz parte da biografia mundial. A maioria dos objectos não é constituída por peças individuais mas partes integrantes de monumentos, símbolos da Civilização Ocidental. Elgin vendeu a sua mercadoria ao Museu Britânico por 35.000 libras. E ainda está lá exposta!

Trabalho realizado por: Rui Freitas nº24

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